sexta-feira, janeiro 05, 2007

Sentindo-se o autor pouco inspirado, tentou ainda assim escrever um soneto, e saiu isto

eu também luto contra meus gigantes
também me descaminho por caminhos
vernáculos secretos e sombrios:
também sou devedor ao mundo de antes.

enrolo-me em silêncios irritantes
e peço por favor toquem sininhos
para tentar quebrar estes tão frios
silêncios (outra vez) deseperantes.

ah! que não há um raio que te parta
poeta ou seja o que for: pereceu
a tua inspiração nessa gravata.

enforcas-te num gesto que perdeu
o jeito tempo e porra até a nata
da tua intuição: o que era teu.

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