Soneto de até nunca
meu cântico de ócio e enxofre
meu búzio de buzina a buzinar
meu salmo mal sangrado insalubre
meu trémulo tremor atrapalhar
teu sério sinistrado sopro morno
teu véu tua vertente teu velar
teu pássaro passado ou teu choro
teu cisne teu segredo teu sugar
de tudo a vida faz nobres enganos
poetas versejai rogai por nós
recolhei este choro no altar
da santidade são simples os danos
adeus pai mãe tios adeus a vós
aqui vou eu a nado: a nadar
Publicado em Debaixo do Bulcão poezine
número 11 - Almada, Dezembro 1998
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial