Um Prometeu de Lisboa
que querem deuses de mim
mais que a vida que vos dei
o fogo que devolvi
e a esperança que larguei?
que querem deuses de mim?
eu que nada mais serei
nem demo nem querubim
que retribuição darei?
que mais seiva? que mais dor?
mais alento? mais pobreza?
que querem deuses de mim?
eu queimei-me em meu fulgor
recusei-me à minha mesa
só tenho meu próprio fim.
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